sexta-feira, 2 de maio de 2025

A Voz Padrão de Renato Lobo

Ainda criança Renato Alves (o Lobão) sonhava em viver dos microfones. Nascido Belém no dia 2 de Abril de 1986, o comunicador passou parte da infância no município de Magalhães Barata depois da separação dos pais. Ali, na casa do avô, não tinha televisão e por isso passou a ter o rádio como maior entretenimento. E assim, conhecia a programação e a voz de locutores de emissoras tradicionais como Educativa de Bragança, Clube e Liberal AM. Já adolescente voltou a morar com a mãe, no bairro da Cremação. E ali perto, no Guamá, em 2004, encontrou sua grande escola em rádio, a Povão FM. Renato fez amizade com um locutor experiente e dele recebeu muitas dicas de locução, principalmente comercial. Esta experiência, ajudou em sua profissionalização. Nesta emissora comunitária, ganhou o apelido que se tornou nome artístico. Lobão ou Lobo é uma adaptação do apelido Lobisomem que Renato recebeu por conta do uso de barba e cabelos compridos. Renato era figura presente em rádios como 99 e Liberal FMs. Em 2008, esta insistência resultou em um convite para um teste de locutor comercial da TV Liberal. Depois de aprovado, passou a conviver também com locutores das emissoras do Grupo de comunicação até que, dois anos depois, o então coordenador de programação Markinho Pinheiro o chamou para um teste na Liberal FM. Impedido de conciliar o trabalho na TV e rádio, aptou pelo Liberal FM. E a partir dali, passou por vários programas desde a madrugada, passando pela atração do Rei Roberto Carlos. Lobão passou até pela locução externa com as Blitz, o que também serviu de aprendizado com improvisos e proximidade do ouvinte. Em 2014 passou em um teste para locutor padrão do SBT-Pa. E por anos pode conciliar o trabalho nesta TV e na rádio. Até que em 2018 com a divisão do Grupo Liberal pelos irmãos Maiorana, Renato aceitou o convite do então diretor Alexi do Carmo pra se transferir para FM O Dia, propriedade de Rômulo Maiorana que ficou com a Lib Music e Liberal de Marabá, Castanhal, Itaituba e TV por assinatura. Pouco tempo depois, a rádio mudou de nome: Roma FM. Esta mudança também marca a mudança na carreira de Renato Lobo. Suas idéias renderam um convite para coordenar a nova emissora, responsabilidade acrescentada ao trabalho de produção e locução.
Em 2023, Renato passou a sentir o acúmulo de responsabilidades na Roma FM, SBT e no Home Estúdio próprio formado em 2018. Esta necessidade de descanso e tempo para curtir a família, motivou o pedido para sair da Roma e depois do SBT. Mais dedicado ao seu estúdio, criou uma programação de trabalho de 8h as 18h, atendendo clientes como lojas e emissoras de rádio e TV do interior e de outros Estados. Mas em 2024, o Lobão passou a prestar serviço também aa TV Liberal com offs criativos e populares para chamadas das atrações da emissora.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Carlos Estácio - o Repórter de Todos os Tempos

Carlos Antônio Gonçalves Estácio nasceu em Belém, em 1940. Sua mãe Antônia Gonçalves Estácio era brevense e seu pai Antônio Estácio era Grego.Entrou para o rádio em 1º de Setembro de 1953, na Rádio Clube do Pará. Sua função era levar resultados de treinos de jogos amadoristas para a redação. Ele já esteve no comando da equipe de esporte da Rádio Clube durante muitos anos. Carlos Estácio viveu um período em que o rádio esportivo não permitia que o narrador defendesse seu time enquanto trabalhava, nem mesmo os repórteres poderiam se declarar de um time ou outro, diferente do que acontece atualmente. Carlos Estácio faz parte da história de Breves. Ele é reconhecido por sua destacada atuação na comunicação e na política brevense. Em 1968, Estácio casou-se com Vera Lúcia Guimarães Estácio, com quem teve três filhos: Adriana, Danielle e Sávio. Em 1973, Carlos Estácio foi convidado pelo Prefeito de Breves, Wilson Câmara Frazão, a assumir o cargo de procurador municipal em Belém, função essa que exerceu na resolução de importantes serviços e que permitiram anos depois que ele fosse indicado para concorrer ao cargo de gestor municipal. Assim, Carlos Estácio se elegeu Prefeito de Breves para o mandato de 1977-1982 (prorrogado por dois anos). Foi responsável pela realização de grandes obras e importantes projetos sociais, sempre contando com a colaboração de sua esposa, Vera Estácio, que até hoje é considerada a melhor 1ª Dama de Breves. Realizou importantes obras de pavimentação das principais ruas da orla da cidade. Fez a desapropriação do pátio de estocagem de madeira da empresa BISA (Breves Industrial Sociedade Anônima), que tinha encerrado suas atividades em 1969. Em seu local, construiu a Praça do Operário, que foi reformada em 2011 pelo atual Prefeito Xarão Leão. Também desapropriou e indenizou o terreno do Internato Evangélico Amazônia da Igreja Cristã, aonde hoje se encontra o bairro “Cidade Nova”, que é o mais populoso de Breves. Foi o primeiro diretor do quartel “Tiro de Guerra”. Novo degrau na carreira politica Com os resultados de sua boa gestão, Carlos Estácio resolveu galgar um novo degrau em sua carreira política. Renunciou seis meses antes para se candidatar as eleições de 1982, quando conquistou uma vaga de Deputado Estadual. Nesse período, Carlos Estácio, em parceria com Adilson Almeida, Floriano Gonçalves e Lino Alves, fundou a Rádio Marajó de Breves. Mesmo com uma agenda corrida na função parlamentar, Carlos Estácio nunca se esqueceu do Marajó. Tanto é verdade que posteriormente se elegeu novamente Prefeito de Breves, entre 1993-1996. Nessa segunda gestão como Prefeito, Carlos Estácio trouxe à Breves, pela primeira vez, o Padre Reynato Frazão de Sousa Breves, escritor do livro “A Saga dos Breves”, onde consta um bibliografia da Família Breves. Esse evento foi um grande sucesso, pois resgatou parte da história e memória da cidade. Na ocasião, Padre Reynato Breves, inaugurou o Busto do Frei Dolsé. Em 1993, foi responsável, com apoio de sua esposa Vera Estácio, pela estruturação do Conselho Tutelar de Breves. Em 1994, criou o Conselho Municipal de Saúde de Breves. Foi o primeiro Prefeito a instalar a sede do município nos três distritos: Antônio Lemos, São Miguel dos Macacos e Curumu, levando todo o secretariado, representantes da Câmara Municipal e outros órgãos do poder executivo. Desde que deixou a Prefeitura de Breves, Carlos Estácio tem se dedicado apenas a sua primeira paixão – o rádio. Atualmente atua na Rádio Clube fazendo esporte e jornalismo. Lançou o programa esportivo de sucesso na Rádio Clube, o “Gastando a Bola”, no ar há mais de 45 anos. Carlos Estácio dirige o programa diário, “Ultima Edição”. Como repórter da Rádio Clube fez cobertura das Copas do Mundo da Espanha, França e Alemanha e agora está credenciado para a cobertura da Copa no Brasil.
Também é Assessor de Imprensa da Assembleia Legislativa do Estado e repórter da Rádio WEB ALEPA. Teve o privilégio de desempenhar a função dos dois principais times do estado do Pará (Paysandu e Remo). Como Assessor de Imprensa do Paysandu, conquistou os títulos de Campeão do Norte e Campeão dos Campeões. Como Assessor de Imprensa do Clube do Remo, conquistou o título de Campeão Paraense 100% Invicto. Foi o primeiro presidente da Associação dos Cronistas e Locutores do Estado do Pará (ACLEP). 60 anos de Rádio Clube Ao longo de sua vida recebeu diversas homenagens. A mais recente foi da Câmara Municipal de Belém que lhe entregou o título de Honra ao Mérito por seus importantes serviços como radialista da Rádio Clube. Na cidade de Brusque, em Santa Catarina foi agraciado com o troféu Bola de Ouro como um dos melhores repórteres esportivos do país. Em 2008, Carlos se tornou Diretor administrativo da TV RBA Breves (retransmissora da TV Bandeirantes de São Paulo), que é considerada atualmente como a melhor TV local, com um quadro de excelentes profissionais, como Thiago Oliveira, Marcos Onias, Marlon Nascimento, Núbia Alves, Josias França, Hugo Barreto, Márcio Marcelino, Ivan Bahia, Deyd Oliveira, Carlos Fialho etc.
Em setembro de 2014, Carlos Estácio completou 60 sessenta anos de atividade na Rádio Clube. Em Breves, Carlos e Vera Estácio deixaram muitos amigos e admiradores que lembram saudosos de suas companhias e de muitas ações importantes que realizaram em prol da melhoria de vida dos marajoaras. Entre os programas esportivos de sucesso na Rádio Clube, está o “Gastando a Bola”, no ar há mais de 30 anos. Entre o destaques de seu trabalho como repórter está a cobertura do funeral do ex-governador Magalhães Barata. Antes de se despedir dos microfones em 2019 participava de coberturas esportivas, com destaque para Copas do Mundo, inclusive no Brasil em 2014, e apresentava o jornal Última Edição, também participando como comentarista de política do programa Clube da Manhã, apresentado por Nonato Cavalcante Carlos Estácio, faleceu em 12 de Dezembro de 2024 aos 84 anos, deixando um legado profundo no rádio e no jornalismo esportivo. Com 63 anos de carreira na Rádio Clube do Pará, Estácio se destacou como um dos cronistas esportivos mais respeitados do Norte do Brasil. Sua trajetória foi marcada por uma dedicação incansável ao rádio e por sua forte ligação com a cultura e o esporte paraenses.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Aldrin Gonçalves - a Voz da 99FM

Aldrin Gonçalves em participação no Podcast Nostalgia Belém.

De uma família de radialistas, Aldrin Heber Lages Gonçalves é irmão de Sívio Júnior e Arturo Gonçalves. Natural de Santarém, ainda criança fazia propaganda volante com o pai, João Sílvio e os irmãos. Ali foi a escola de Aldrin cuja primeira rádio onde trabalhou foi Carajas FM.

Outra emissora onde trabalhou foi a Liberal FM, mas a Belém FM e Diário FM também fazem parte da história de Aldrin. Mas foi na 99FM que ele se tornou sinônimo de sucesso há quase 3 décadas.

Com o DJ Alex o “Na Onda” fez muito sucesso por pelo menos três anos, mas foi com o Dj Fábio Cebolinha que a parceria ficou forte não apenas na atração do Meio Dia como também fora do ar ma produção de vinhetas e comerciais. O “ Na Onda” é um programa super dinâmico, com os melhores hits paraenses. Muito tecno-brega e Tecno-Melody. A hora do almoço com o ouvinte curtindo o som do Pará, com muito humor, alto astral e a Agendas dos Principais show da Cidade, e Divulgação das Agendas das Principais Aparelhagens do Estado. 

Parceiro de "Na Onda", Dj Fábio Cebolinha.

    Depois assumia sozinho o comando do Rádio Show, de 14h as 17h. A atração tem perfil jovem, tocando os sucessos da parada, dicas da cidade, muito bom humor, distribuição de muitos prêmios e a participação do ouvinte que escolhe o sucesso do momento.

Entretanto ao lado de Márcio Rabelo resgatou o humor no rádio paraense com o quadro chamado “A Hora da Sacanagem”.
    Quem diria que quando criança, sua mãe foi chamada até a escola por um professor preocupado com a timidez do menino principalmente para falar em público.

Desde 2024, Aldrin deixou os estúdios e se tornou a voz oficial da 99 FM como locutor comercial.

Irmãos também radialistas: Arturo(hoje médico) e Sílvio Júnior( camisa do Vasco) 


Com Dj Alex nos primódios do "Na Onda"




 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Jurandir Bonifácio - o Mais Azul da Cidade


Jurandir Bonifácio eera setorista do Remo e se referia ao Paysandu como "O maior rival"

A paixão pelo Leão Azul, onde foi setorista por quase 40 anos, sempre pela rádio Marajorara, fez com que o radialista Guilherme Guerreiro desse a Jurandir Bonifácio o apelido de o “repórter mais azul da cidade”. Ele foi o criador o termo “O mais querido” ao se referir ao Clube do Remo, sua paixão no futebol assim como o Vasco da Gama, do Rio deJaneiro.

Um dos filhos de Jurandir, Tony Santos, lembrou que o repórter também foi criador de outros bordões e jargões que até hoje são lembrados no meio esportivo. “Ele ficou conhecido por não pronunciar o nome do maior adversário do Clube do Remo, o Paysandu Sport Clube. E se referia ao time sempre como “o maior rival”, recorda.
Outras pérolas como: “Esse jogador é uma pomada”, ao se referir a jogadores com altos salários e que acabavam não rendendo em campo. E ainda: “Esse time parece carne de porco, não rende nada”, ficarão na memória dos ouvintes que acompanharam os quase 40 anos da carreira de Jurandir Bonifácio.
Bonifácio acompanhou o Remo no tradicional Torneio de Toulon, na França, onde foi o único time do Norte a participar dessa competição. Sua dedicação e paixão ao clube concedeu-lhe respeito e admiração por diretores, abnegados, conselheiros e presidentes que passaram pelo clube. “O Remo era praticamente a vida dele. Conheceu o País, pessoas do meio futebolístico, somente acompanhado os jogos do clube”, ressaltou Tony Santos.
O radialista chegou a trabalhar na Rádio Clube do Pará, onde apresentou um programa voltado às notícias do futebol, depois que se aposentou. Morreu aos 68 anos e deixou esposa e cinco filhos.
Jurandir Bonifácio, radialista e ex- repórter setorista do Clube do Remo morreu de infarto fulminante, na manhã de 10 de Fevereiro de 2012.
Nesta foto aparecem sentados Betão(tocando violão), José Lessa(de óculos escuros), o finado Jessé Bastos, um dos mais antigos operadores de áudio da Rádio Clube, e Orlando Santos(por onde anda o irmão do saudoso Eloy?) disc- jóquei, também da Rádio Clube.Em pé estão o lembrado repórter esportivo da Marajoara, Jurandir Bonifácio e os “descamisados” e outrora magricelas Valdo Souza(mão nos olhos) e Pio Neto.A senhora que está ao lado de José Lessa não foi identificada

Fotos: Diário do Pará

Eloy Santos - O Rei do Rádio


Começou sua carreira radiofônica aos 17 anos, no serviço de auto-falante de rua da Rádio Rauland FM na década de 50. Esse era o trabalho de Eloy no horário da manhã, à noite trabalhava como taxista. A partir da década de 60, já na Rádio Clube do Pará, Eloy ingressou no programa “Calendário Social Brasil” , e tempos depois passou a apresentar o “Crônica Social”, fazendo o registro de aniversários, casamentos e outros acontecimentos sociais; ambos os programas fizeram grande sucesso.


Eloy foi destaque em todas as rádios que trabalhou, como Marajoara, Liberal e Rádio Clube. Sempre polêmico, atuou em programas como: “Eloy Santos Show” e “A hora e a vez do boêmio”.
Paralelamente ao rádio, Eloy atuava na política: em 1982 foi eleito deputado estadual e 1988 vereador. Mesmo tendo ocupado cargos políticos somente na década de 80, seu ingresso na política veio antes. Na década de 70 o radialista filiou-se à ARENA, partido do então governador do Estado. Desde que recebera o primeiro cargo político, Eloy modificou seu estilo no rádio: o caráter descompromissado deu lugar a uma forte conotação política.
Eloy viveu no período do rádio belenense que ainda não vigorava a lei 9.504, que afasta os comunicadores (que são candidatos a cargos políticos) de seus programas três meses antes das eleições. Lei essa que, segundo o próprio Eloy, o impediu de assumir uma vaga na Câmara Municipal de Belém nas eleições de 2000. Eloy atuou ainda como dirigente do Sindicato dos Radialistas do Pará no início da década de 90
O radialista foi morto após um acidente na Avenida Alcindo Cacela, próximo da Avenida Pedro Miranda, por volta do meio-dia em 04 de Abril de 2007. Eloy foi atropelado por um motociclista, que não prestou socorro, de acordo com testemunhas. Ele chegou a ser levado para um Hospital particular de emergência na Doca de Souza Franco, mas não resistiu ao traumatismo craniano.


Fonte: O LIVRO O PARÁ NAS ONDAS DO RÁDIO - O projeto, coordenado pela Profa. Dra. Luciana Miranda Costa, da Faculdade de Comunicação da UFPA - apoio do PROINT/UFPA







Linha de Frente Paulinho Mantalvão

 










Paulinho Montalvão levava informação e defendia os direitos da sociedade através do rádio(foto: Diário do Pará). 


    Ele começou no rádio em meados da década de 80 na Rádio Guajará em uma das mais férteis épocas da comunicação radiofônica no Pará. São da mesma época Nonato Pereira, Wladimir Costa, Valmir Rodrigues, entre outros. Nos anos 90, Montalvão se destacou como repórter no programa Chamada Geral, apresentado por Wladimir Costa. Nesta época também despontaram Jorge Wilson e Jefferson Lima.

    Depois Montalvão passou pelas rádios Liberal, onde apresentou "Metrópole em Alerta". Montalvão sempre usa em suas apresentações máximas que são incorporadas. Assim foram popularizadas frases como "Ela te colocou chifres e não asas, para com isso, as pessoas tem que aceitar uma separação, a fila anda e a vida também!".

Na Marajoara o comunicador nascido em 14 de setembro de 1962 se destacou na apresentação do lendário Patrulha na Cidade.
Paulinho Montalvão é publicitário, jornalista, radialista e jornalista e agora também é acadêmico de Direito.
A partir de 2 de Janeiro de 2012 se tornou produtor no Jornalismo da Rádio Clube onde também passou a apresentar o programa Linha de Frente de segunda a sexta falando do cotidiano da cidade com reportagens investigativas, críticas de fatos do interesse da população, além de um serviço de disque denúncia.
Paulinho Montalvão faleceu aos 58 anos em 2 de Fevereiro de 2021, por complicações da Covid-19, deixando uma lacuna muito grande no radiojornalismo.  

Fonte: Diário do Pará/ Entrevista: Paulinho Montalvão.

A Voz Padrão de Renato Lobo

Ainda criança Renato Alves (o Lobão) sonhava em viver dos microfones. Nascido Belém no dia 2 de Abril de 1986, o comunicador passou parte d...