sábado, 5 de abril de 2014

João Rodrigues - Janjão



João Rodrigues, o Janjão, escreveu seu nome na história do rádio entre os melhores do Pará. A voz padrão, o talento transpirante e a generosidade com os iniciantes compõe a personalidade deste paraense nascido em 6 de Novembro de 1952, em Belém.
Janjão iniciou a carreira em 1976 na extinta Guajará AM ao lado de Assis Filho, Zé Paulo e o lendário Paulo Ronaldo, entre outros. Com esta escola o locutor chegou a diretor da emissora onde peneirou outros grandes nomes do rádio paraense: Wladimir Costa, Sílvio Júnior, Nonato Pereira, Hélio Dória, etc.
Apaixonado por carnaval, João Rodrigues tem sua história confundida com a Folia de Momo. Aliás, por anos, Janjão venceu o concurso de Rei Momo. Além disto, como locutor dos desfiles, promotor de eventos com atrações nacionais, consolidou-se como referência carnavalesca na capital.
Mas voltando ao rádio, foi na Cultura FM que Janjão comandou por mais de 20 anos o Clube do Samba ao lado da amiga Lourdinha Bezerra. A contribuição deste programa é o incentivo ímpar a cultura musical do Pará, abrindo portas a artistas como Manga Verde, Meio Dia da Imperatriz e Marquinho Satã, etc. Embora tenha trabalhado também nas rádios Rauland, Marajoara, Floresta, Carajás, Província e até na Mundial –RJ. No final do primeiro semestre, Janjão voltou à Rádio Marajoara AM.
Sua voz inconfundível e aptidão publicitária pode ser conferida também em trabalhos feitos à agências publicitárias.
Nos últimos anos, problemas de saúde passaram a ser mais um obstáculo na vida deste valente guerreiro do microfone. Embora 2014 tenha praticamente iniciado com um grande golpe ao seu bem estar, é claro, que o apoio familiar lhe conduzirá a mais esta vitória. Pois Janjão ainda tem muito a ensinar às gerações futuras de rádio-apaixonados cuja admiração por este comunicador tem haver com um dos maiores sucessor de Roberto Carlos, Força Estranha:

“Eu vi muitos cabelos brancos
Na fronte do artista
O tempo não pára e no entanto
Ele nunca envelhece...
Aquele que conhece o jogo
Do fogo das coisas que são
É o sol, é o tempo, é a estrada
É o pé e é o chão...”.










Oséias Silva - O memorável e querido Braguinha.

Nascido Oséias Batista Silva em 1933 (“Faz tempo pra caramba mas eu ainda me lembro”, diz ele aos risos). Começou fazendo show de humor em hospitais. E em 1961, quando era estagiário, na Rádio Marajoara AM, a emissora realizava um evento no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira localizado no então Bairro do Marco da Légua e com a ausência de Emílio Sebastião, o apresentador oficial, Oséias foi indicado a se apresentar. O sucessor da apresentação lhe rendeu uma oportunidade no programa infantil da emissora como titular, aos domingos.
O iniciante radialista gostava de acompanhar, às noites, o programa de auditório apresentado por Abílio Couceiro, o Rádio Divertimentos.
Naquele mesmo ano, depois de uma briga com  o diretor da Marajoara AM, Advaldo Castro, Couceiro se recusou a comandar a atração, quando Oséias, que aguardava no auditório lotado, o início da atração, foi mandado por Castro a ir até sua casa vestir um paletó que naquele dia seria o apresentador. Apesar de receoso por se tratar de um show com ingressos pagos, um público mais exigente, o que era diferente do formato infantil, Oséias Silva apresentou o programa transmitido pela rádio.  “E para piorar o nervosismo, naquele dia havia uma atração musical nacional no programa que estava em Belém por conta do Círio”, recorda-se.
Quando foi chamado a comparecer a sala do diretor geral da emissora, Milton Trindade, que anos depois seria Senador do Pará, pensava que seria demitido mas foi surpreendido pela contratação e o aumento do salário em 100%. Na época, Oséias ganhava C$ 100 (cem cruzeiros). Ali começava sua carreira como animador de auditório. Mas também passou pela madrugada, domingos a tarde, sempre fazendo sucesso com uma locução alegre e tendo como característica principal o bom humor. Foi assim que surgiu seu principal personagem no rádio e na TV, o Braguinha. O personagem era um mentiroso habitual que a cada mentira contada era perturbado por sua consciência. O estrondoso sucesso lhe rendeu mais popularidade, resultando até numa bem sucedida carreira política.
Oséias ficou na Rádio Marajoara até 1980 quando a emissora foi vendida para o deputado Manoel Ribeiro. Foi para a Rádio Clube AM. Mas três anos depois quando o empresário e radialista Carlos Santos comprou a Marajoara, Oséias Silva foi convidado a retornar a sua antiga casa, onde permaneceu até se aposentar em 2006.

A Voz Padrão de Renato Lobo

Ainda criança Renato Alves (o Lobão) sonhava em viver dos microfones. Nascido Belém no dia 2 de Abril de 1986, o comunicador passou parte d...