terça-feira, 17 de setembro de 2013

Costa Filho - O Diplomata do Rádio



Antonio Maria Zacarias Costa Filho começou no rádio ainda na década de 50. Ele ainda estava cursando o ensino médio quando foi selecionado para trabalhar na Rádio Clube do Pará, em um estágio. Muito solicitado na rádio, Costa Filho começou a faltar às aulas. Depois que seu pai descobriu o que estava acontecendo, proibiu o jovem radialista de permanecer no estágio. Mesmo contrariado, Costa Filho deixou o estágio para concluir seus estudos.

Já início dos anos 60 Costa Filho voltou ao rádio, dessa vez para trabalhar na Rádio Marajoara. Sua primeira função na rádio foi como locutor comercial, lendo textos e anúncios e também trabalhando na área de jornalismo. Um grande destaque da época era o “Grande Jornal Marajoara”.

Em 1966 Costa Filho entrou para a Rádio Liberal AM, e depois de um ano começou a apresentar o programa “Costa Filho Show”, que tem mais de 40 anos de vida no rádio. Inicialmente o programa se chamava Clube da Juventude , mas com a popularidade do apresentador, o programa foi reformulado e passou a se chamar “Costa Filho Show”.



O programa, segundo o próprio apresentador, é um programa feminino feito por um homem. Traz horóscopo, ofertas de empregos, receitas, entrevistas com médicos, dicas de remédios caseiros e músicas. O “Costa Filho Show” fora um dos programas de maior sucesso e popularidade da Rádio Liberal AM.

Com mais de 40 anos em rádio, Costa Filho pôde perceber as mudanças na dinâmica do radiojornalismo, como a substituição dos grandes noticiários pelos jornais de curta duração que acontecem de hora em hora, por exemplo. Mas a vida longa e agitada no rádio não privou Costa Filho de outras atividades: o radialista foi candidato estadual duas vezes e chegou a se eleger pelo Partido da Frente Liberal (PFL) na década de 80.

Tendo como profissão principal o rádio, Costa Filho não quis se aprofundar na carreira política. Para ele, a vitória nas urnas só aconteceu por conta da popularidade que o rádio trouxera. Nessa época ainda – meados da década de 80 – não existia a lei que (hoje) proíbe radialistas na disputa por cargos políticos de apresentar programas meses antes das eleições, e por isso Costa Filho continuou apresentando o seu programa “Costa Filho Show”, pela Rádio Liberal, durante os anos em que foi deputado. Atualmente, ele está nas manhãs da Rádio Marajoara AM.

Outra atividade de Costa Filho é o trabalho com publicidade; com longos anos de carreira radiofônica, ele usa o veículo também como meio para divulgar marcas e produtos por meio do trabalho da agência “Costa Filho Publicidade.


Tacimar Cantuária (radioatriz)





Radioatriz que iniciou no rádio em 1956, na Marajoara. Tacimar se considerava como “macaca de auditório” na época que começou no rádio, por ter o hábito de assistir programas de rádio nos auditórios. Sua maior vontade era ser cantora, mas fez sucesso como radioatriz. Sua primeira função foi atuar em quadros humorísticos do radio-teatro. Em seguida, Tacimar foi convidada para integrar o elenco de radionovelas.
Tacimar afirma que sempre preferiu atuar em comédias e já recebeu até convites para fazer parte do elenco da Rádio Tupi do Rio de Janeiro, mas não quis deixar a Marajoara.
Na década de 70, com a crise e o conseqüente fim das radionovelas, o elenco de atores da Marajoara passou a atuar em outros quadros, como os policiais. Uma das justificativas para o fim das radionovelas, segundo Tacimar, foi a importação dos “enlatados” - novelas e quadros humorísticos que já vinham prontos do Sul do país e eram veiculados nas rádios de Belém.
Mesmo com o fim das novelas de rádio, Tacimar continuou a trabalhar na Marajoara, como secretária e auxiliar de estúdio e chegou até mesmo a apresentar um quadro de variedades na emissora.
Tacimar também se destacou no teatro. Seu papel mais importante no teatro foi na peça Severa Romana, em 1973. No cinema ela deu vida a Margot de As Mulheres Choradeiras.


Ronald Pastor - Jornal da Manhã



Teve o início de sua carreira no rádio em 1961, fazendo testes na Rádio Nazaré, mas não a existente hoje. Depois disso, Ronald trabalhou na Rádio Difusora do Pará que é hoje a Rádio Liberal. O radialista passou por diversas rádios e diferentes tipos de programas. Suas experiências são resultado de trabalhos nas rádios Marajoara, Liberal, Clube e Cultura. Dessa última foi diretor de 1987 a 91.

1998: Beth Dopazzo, Jefferson Lima, Kátia Brown,
Ney Messias e Ronald Pastor
Na Rádio Marajoara Ronald iniciou em 1963, como locutor. Nessa época, ele participou de um programa de grande sucesso: o “Patrulha da Cidade”, programa policial que foi copiado da Rádio Tupi do Rio de Janeiro. O Patrulha atraía grande público e trouxe índices de audiência nunca atingidos pela Marajoara. Nesse programa Ronald atuou como repórter e locutor.
O sucesso do Patrulha da cidade foi tanto que todas as pessoas envolvidas na produção do programa eram recebidas de braços abertos em qualquer parte de Belém: entrar gratuitamente em festas e dar autógrafos era rotina para os locutores e repórteres desse programa.
Ronald foi ainda diretor geral da Rádio Cultura, período no qual a emissora adquiriu novos equipamentos e modificou sua grade de programação ampliando o espaço concedido ao jornalismo e incentivando as atividades artísticas e culturais de Belém.
Ao fazer um paralelo entre o radiojornalismo policial da década de 60 (Patrulha da Cidade) e o atual, Ronald é enfático ao afirmar que os programas policiais se tornaram vulgares e já é normal que tragam palavrões e humilhações para os presos. muitas vezes agredidos por policiais no meio do programa. 
Era funcionário da Rádio Marajoara AM quando faleceu em 20 de Maio de 2015.
 
Fonte: O Pará nas Ondas do Rádio

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