quinta-feira, 5 de junho de 2014

Agripino Furtado - o Agripa do Papão

“Ele vendia picolé nos campos de futebol quando se cruzou com Jurandir Bonifácio, em 1973, no Baenão, e em conversa com o consagradíssimo Juruca falou do sonho de ser repórter esportivo.Jurandir acreditou nele e depois de varias apresentações, Agripino chegou aos corredores da Rádio Marajoara e em 73 começou a trabalhar como setorista da emissora na Vila Olímpica, e em 1974 chegou a Curuzu, onde se encontra até hoje, empunhando o microfone da Rádio Liberal-AM. Agripino deixou na década de 80 a UFPA para se dedicar a profissão e assim acompanhar o PSC pelos campos de Brasil.
Ele é o mais icônico repórter esportivo brasileiro pela aplicação profissional. Não fez e nunca fará a linha dos chamados "propagandistas" do rádio, permanecendo com sua postura sacerdotal”. Foi assim que o jornalista José Maria Trindade descreveu o conhecido “Agripa”,o lendário radialista que cobriu o Paysandu por 50 anos. Querido pelo clube onde era repórter setorista pela rádio Liberal, respeitado pelos adversários pela descrição vibrante do dia-a-dia bicolor, o que alimentava a paixão dos torcedores, isto sem desrespeitar o maior rival. Esta característica o acompanhouna Rádio Marajoara, emsua breve passagem pela PRC5 nos anos 80 e principalmente na Liberal AM, onde ficou a maior parte de sua vida. Em 2016 uma praça nos Estádio Leônidas Castro(Curuzu), recebeu o seu nome como forma de gratidão pelos anos de dedicação ao clube testemunhando os grandes momentos e dias difíceis do seu clube de coração.
Nascido em 04 de Junho de 1952, Agripino partiu em 16 de Maio de 2025 em casa, ao lado da família, em Ananindeua. O radialista sofria de Parkinson há alguns anos. Seu falecimento comoveu os principais clubes da capital paraense, além do Paysandu, Remo e Tuna emitiram nota de pesar.

Gilberto Nogueira - Última Edição

Foi a partir de um LP dos Incríveis que o radialista Gilberto Nogueira entrou para o rádio. Nascido em Belém em 8 de Dezembro de 1952, Giba adorava este ícones da Jovem Guarda e foi interessado nele que a princípio seu amigo Roberto Polo o convidou para irem até a Rauland em 1979. Ali mostrou tanto talento para comunicação que recebeu um convite para ingressar na Rádio Cultura, então sendo inaugurada em Marituba.
O time de notáveis da Rádio Cultura nomes como Donizete César, Helio Nogueira, Nazareno e Gilvandro Furtado, que a época era estudante de direito. Como a rádio funcionava em Marituba, o acesso era difícil, os comunicadores eram apanhados em Belém de manhã e retornavam somente a tarde. Entretanto, no caso de Gilvandro, hoje um dos mais conceituados delegados de polícia, este podia pegar o carro da rádio e ir para a Faculdade até que um diretor implicou com aquele “privilégio”. E foi em solidariedade ao colega que Gilberto Nogueira mobilizou seus companheiros a cruzarem os braços caso não fosse revista a decisão do então diretor. Resultado, a união fez a força numa época em que as paralizações ainda não eram constantes. E esta revolução no ambiente de trabalho ficou marcada na história de cada um dos radialistas naquela ocasião.
O padrão de locução de Gilberto Nogueira se confundiu com a história do prefixo estatal. Acompanhou, porém, todas as mudanças desde Marituba, passando para o bairro do Marco, em Belém, no prédio da Imprensa Oficial em 1982 com a primeira transmissão de um Círio. Era um feito histórico. Depois ainda no mesmo terreno, mas na Almirante Barroso, Nogueira também trabalhou até se aposentar após mais de 30 anos de contribuição em emissora pública. Contudo, Gilberto Nogueira iniciou antes da aposentadoria uma carreira também no rádio privado, a Marajoara AM. Neste prefixo permaneceu até 1994 quando se transferiu para a Rádio Clube junto com Nonato Cavalcante, Guilherme Guerreiro e um timaço de comunicadores que revolucionaram a transmissão em AM na emissora mais antiga do Pará, consolidando assim a audiência absoluta há anos.
Atualmente, Gilberto Nogueira apresenta o Jornal Última Edição, o Clube Notícia na Rádio Clube do Pará.

Equipe de jornalismo da Rádio PORTAL CULTURA, em 1985, após a celebração

 de missa que marcou a mudança de nome da avenida Primeiro de Dezembro para 
Papa João Paulo II. Em pé: Carlos Lima, Ana Laura Corradi, Cristina Moreno,  Douglas Dinelli e Anselmo Gama. Sentados: Milton Alves, Gilberto NogueiraMiguel Nogueira de Oliveira e Verbeno Costa Júnior Pinheiro





A Voz Padrão de Renato Lobo

Ainda criança Renato Alves (o Lobão) sonhava em viver dos microfones. Nascido Belém no dia 2 de Abril de 1986, o comunicador passou parte d...