Silvio Farias - o repórter Barra Pesada


Nascido em 1 de Junho de 1956, em São Luís do Maranhão, o jornalista Sílvio Farias escreveu sua história na comunicação paraense. Embora tenha ficado famoso na televisão como o primeiro repórter do programa de maiores índices de audiência da história do Pará, o Barra Pesada, o jornalista também passou por redações de impressos maranhenses e paraenses e no rádio também fez a diferença na Rádio Clube e na Marajoara AM. Aqui o jornalista Jorge Mendes faz uma homenagem ao confrade e ainda resgata um pouco desta importante personagem da impressa regional.

O último Duelo ao entardecer

Certo dia escrevi um editorial para a revista do programa TOP PARÁ e tinha como Título: - “Mesa de Bar: Uma Terapia de Sucesso”
Neste Editorial, que não publiquei, falo de vários personagens de nossa política, assim como grandes jornalistas que conheci em diversos encontros nos Bares de nossa querida Belém.
Em 1995

Bem, nunca pensei que hoje lembraria deste texto,  numa ocasião como esta.
Com muita tristeza, preciso falar de um grande profissional que saiu de cena, que resolveu viajar pra Paris. Resolveu abandonar os parceiros.
Preciso falar do grande Escriba Silvio Dário de Farias“o Jaguar”.
É verdade.....
Fui surpreendido pelo passamento do grande companheiro!
De férias, só fui saber após seu sepultamento.
Fica na memória, as imagens, as histórias, as aventuras diversas de um homem inteligente  e muito polêmico.
No inicio dos anos 80, fazíamos parte de um movimento de gráficos. Um movimento muito forte em nosso estado, tão forte, que dele surgiram políticos como o companheiro Zé Carlos e Paulo Rocha.
Surgiram também jornalistas oriundos desse movimento.
Em 1980 Fui apresentado ao jornalista Carioca Abílio Farias, ele chegou em Belém trazido pelo Mega empresário Jair Bernardino. Eu era desenhista do Grupo Belauto e passei a ser o arte finalista do comunicado Belfatos que era o jornal Interno das empresas do Jair Bernardino.
Abílio, foi um profissional que junto com seu irmão Silvio Farias  revolucionaram  a história do jornalismo televisivo no nosso estado.
Em 1982 conheci o jornalista Silvio Farias, irmão do Abílio que chegara de São Luis. Neste tempo, costumávamos reunir no final do expediente no Bar do amigo Roberto Cunha, que apelidei de  “Casa Mal Iluminada”

Barra Pesada
Nos anos 90, o auge do Barra Pesada

O Silvio, todas as vezes que reuníamos para molhar o verbo, falava do projeto de um novo programa de Televisão que ele tinha certeza que iria dar certo aqui em Belém, seguindo alguns moldes de programas de rede nacional, mas adaptando outros estilos. O projeto se executado, na época, se chamaria “Barra Pesada”
Esses encontros marcantes aconteciam não só na casa mal Iluminada mas no Maracaíbo, Pianos Bar, Pisco, Bar do Parque,  e outros tantos. A gente ainda podia amanhecer na frente do Lapinha do amigo Alencar, falando de assuntos diversos para depois fretar um táxi para a Ilha do Outeiro, sem medo de assaltos ou Balas perdidas.
Veio a TV Manchete, Abílio Farias passou a chefe de jornalismo, gerenciado pelo companheiro Gerson Nogueira que transformou o projeto de TV discutido em vários encontros dos bares em realidade.
A direção da TV RBA acreditou no projeto e assim nascia em 1990 o maior Programa Regional da televisão Paraense O Barra Pesada que viveu seu grande momento na apresentação de Ronaldo Porto e Célia Pinho, com grande suporte de bastidores.
O Silvio Farias se transformou no maior repórter da emissora realizando reportagens especiais para a Rede exibida em todo o Brasil. O Projeto do Silvio estava no ar.

No rádio as artes

Silvio Farias 
 O Silvio também apresentou por mais de dois anos, o “Programa Bandeira 2” da Rádio Clube que era exibido de segunda à sexta de 20:00 às 22:00h. Também apresentou a “Patrulha da Cidade” na Rádio Marajoara na companhia do radialista Guto Braga, Trabalhou no “Jornal Popular” do jornalista Silas Assis.
Silvio Farias foi premiado no Arte Pará com uma pintura abstrata, que não lembro o tema; quadro a óleo, uma de suas habilidades....“Sua veia de Van Gog”
Enfim, falar do Silvio é fácil porque quem conheceu, sabe que ele tinha muitas habilidades. Quando estava pra escrever não tinha pra ninguém, quando estava pra fazer confusão era melhor sair de perto, Incorporava o “Cacique Nuvem Pesada”. Quando resolvia tocar violão, Charles Anjo 47,  rolava muito aço até o amanhecer.
Jorge Mendes
 Tem muita coisa pra gente falar desse parceiro fanfarrão que também foi Lobo do Mar. Tem a reportagem em Castelo dos Sonhos, O Duelo ao Entardecer que não aconteceu no Mangas Bar,  e outras, que contarei em uma próxima ocasião.
O Companheiro Dorivaldo Albuquerque que me corrija....

Texto: jornalista Jorge Mendes



Comentários

  1. Lembro de uma matéria feita pelo Silvio que foi exibida um dia após o jogo das eliminatórias da copa de 94 entre Brasil e Uruguai em 93. O esquartejado da rua Celestino Rocha,a rua do cemitério Recanto da Saudade em Águas Lindas.

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